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Saudade. Palavra que só existe na língua portuguesa. Mito ou não, eu gosto de acreditar. Soa bem ter uma palavra só nossa. Complexa demais pra traduzir. Grande demais pra sentir.

Falar de você é falar de saudade. É rolar na cama até tarde pensando se você também está pensando em mim.

Saudade sentimento ingrato, muitas vezes não correspondido. Vive na zona de perigo. Naquela linha tênue entre te esquecer e te amar pra vida inteira.

Saudade só de brincadeira, pra ver se vira. Se encaixa ou se passa.

Então eu escrevo incansavelmente, pra ver se você lê, se você entende. Se você descobre sozinho que toda saudade que eu descrevo é de ti. Que toda saudade que eu sinto tem dono.

Que cada palavra que eu escrevo tem destinatário. Não raro, escrevo pra ti.

Quanta insanidade cabe nessa saudade que nem são de coisas tão boas assim. Saudade sem lógica, saudade de coisas que doeram e magoaram. Mas a saudade deturpa, engana e alucina. Aqui dentro da minha saudade vivemos uma vida linda. Fora dela não consigo lembrar. Saudade boa é aquela que podemos matar. Não sei se mato dentro de mim ou sigo tentando. No fim dessa história só restou eu amando.

Insanamente Insanas II

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