"Esse delírio de existência e desejos sempre amputados se faz sentir no ritmo dinâmico da poesia de Elisa Coelho por meio de versos ora eloquentes, ora breves que encenam uma dança sensorial de cores desvanecidas, de sons que não se ouvem mais, de abraços interrompidos, do abismo da loucura. Resgatando a trajetória da poeta, ela própria circula pelo dinamismo traçando caminhos múltiplos e entrecruzando sons e ritmos na vida diária de quem é transpassada pela dança, pela poesia e pela escrita acadêmica.
 
No decorrer da leitura de Diário dos ecos pandêmicos, uma ideia se presentifica: porque aprendemos a esperar a morte, desaprendemos a leveza. No entanto, a escrita sensível e potente da autora nos conduz por um tom quase elegíaco ao reconhecimento das mazelas humanas. Diluir-se na imensidão de sentimentos partilhados por todos que sofrem neste momento é uma espécie de resgate. A travessia por esses tempos perdidos, ao fim e ao cabo, já não é mais solitária. Ainda é preciso, no entanto, apreender outros sentidos, ouvir com olhos de imaginar, desvanecer-se na valsa do adiamento.Quando tudo cala ao redor, escrever é atravessar o silêncio"
 
(Natali Fabiana da Costa e Silva)
 
** A fim de agradecer a todes que adquirirem o livro nessa pré-venda, a autora enviará - com o exemplar comprado - uma carta-dedicatória com  o acesso a uma Playlist muito especial e, ainda, o "mosaico pandêmico": uma montagem com as fotos que as(as) leitoras(es) enviaram de seu dia a dia na quarentena **