top of page

"Todas essas reflexões estão presentes nas crônicas feministas aqui textualizadas, atualizadas e traduzidas na linguagem de situações do cotidiano que forjam nossa subjetividade. E, nessas reflexões, Anna e Bárbara convidam outras autoras para conversar conosco. Através delas podemos conhecer a “prateleira do amor”, termo usado por Valeska Zanello, para pensar os diversos dispositivos amorosos que nos colocam à espera, para sermos a escolhida por um homem e não a que escolhe. Lembrar de Simone de Beauvoir e sua reflexão crítica sobre a vulnerabilidade, a opressão e o adoecimento de mulheres causados pelo casamento como prática compulsória na construção do ideal de mulher plena. Laqueur, Butler, Foucault, Dona Onete, Lélia Gonzales, Djamila Ribeiro, Conceição Evaristo, Danielle Flávia, Zélia Amador, também são alguns dos nomes que entram nessa ciranda e circulam na roda. (...)

Bárbara e Anna escrevem e se inscrevem nessas crônicas-manifestos e nos convidam a nos inscrevermos, também, ao dizer: “Mulheres, sejamos feministas”, “Não se calem”, “as palavras dão lugar no mundo”, “sejam narcisistas e um pouco egoístas, sim”, “sejam insubmissas”, “ativas”, “desçam da prateleira do amor”. Bárbara nos fala de psicologia comportamental e de algumas estratégias de controle de relacionamentos abusivos, quando o homem não quer que você faça algo como ir ao cinema com as amigas. Ele não verbaliza, finge estar de acordo, mas depois “fica indiferente, emite alguns sinais e joga com sua insegurança”, uma punição sutil que te faz ficar entre o “desejo de ir X a culpa”... quer saber mais? Lê a crônica do dia 06 de julho. Anna nos alerta que o capitalismo tem se apropriado do feminismo, roupas e chás feministas estão aí para mostrar. Problematiza o uso de termos de uso corriqueiro e associados ao feminismo como empoderamento “pensado por um viés pessoal, de mudança individual, mas o movimento é coletivo e não somente individual. Dessa forma, se exclui mulheres pretas periféricas ou indígenas, por exemplo.” Como ela diz “O feminismo não é sobre usar camisa da Frida.” E, sobre o que é, então? Vai lá na crônica do dia 29 de abril que ela te fala.

O fato é que Anna e Bárbara nos lembram que a amizade entre mulheres e o autocuidado individual e coletivo são atos políticos e libertadores. Precisamos lutar juntas conscientes de nossas diferenças de classe, cor, sexualidade, idade, desejo, credos, gostos. “Mulheres, ajudem suas amigas”, “nada mais forte do que uma mulher com amigas politizadas e feministas”. E, é assim que nos sentimos ao ler as crônicas dessas duas mulheres, acolhidas em uma conversa entre amigas".

Reflexões feministas em crônicas - Volume II

SKU: 0049
R$ 52,00Preço
    bottom of page