Tudo começa com um sonho. E basta fechar os olhos para sonhar. O sonho é como a voz de um oráculo. O nosso templo interno de Delfos. Quem peregrina em busca de respostas, com fé, acaba sendo atendida pela pitonisa, a deusa alma, a máquina-desejo. Porém, essa fala não é clara, nem convencional. É intrigante. Quando a pitonisa fala é como ler um poema. Não é apenas ler e entender, portanto. É fazer uso dos outros sentidos que temos. É como alguém ler o poema para nós, e nós, de olhos fechados, ouvir a fala que canta dentro, sentindo o cheiro, o gosto e a pele daquelas palavras. Oracular pode ser também através das nuvens, da lua, das mãos, da água, das aves, das cartas, dos astros, dos números, da borra do café, dos beijos, dos muros pichados, das conchas do mar, das músicas, dos livros. Sempre que a vida for lida como um grande poema místico, além do que os olhos comuns estão acostumados, nós viajaremos para Delfos. Mas será preciso uma grande dose de uma boa (lou)cura para decifrar os sinais. Porque o idioma da alma não é daqui.
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